As dores físicas atingem níveis epidêmicos. Enquanto isso, de acordo com o médico especializado em reabilitação, John E.

Sarno, a medicina tradicional ignora que a causa está no desequilíbrio mente-corpo. No livro O Fim da Dor, ele desafia a visão convencional ao afirmar que muitas dores, como das costas e pescoço, enxaquecas, lesões por esforço repetitivo e tendinites, além de alergias e muitos outros distúrbios, têm raízes em emoções reprimidas.

Um dos pioneiros no diagnóstico de doenças psicogênicas, o professor da New York University oferece outra perspectiva sobre o papel da mente na saúde física. Ele apresenta a TMS – Síndrome de Tensão Mioneural, uma condição que explica como emoções podem desencadear sintomas físicos, por vezes debilitantes. Com base em décadas de experiência clínica e teorias derivadas do próprio trabalho, o médico demonstra que, ao invés de recorrer a medicamentos ou cirurgias, a chave para a cura está em compreender a origem emocional dos sintomas físicos.

Dividido em três partes, o lançamento do Grupo Editorial Edipro, que também publicou Dor nas Costas, explora os aspectos psicológicos dessas condições, detalha as manifestações físicas e propõe estratégias de cura, pautadas na conexão mente-corpo. Para estudantes e profissionais da área, a edição traz também um apêndice que aborda detalhes acadêmicos do processo mente-corpo.

Todos os anos, milhões de americanos procuram tratamento com profissionais do que tem sido chamado de medicina alternativa ou não convencional. Por quê? A resposta é óbvia. A medicina convencional falhou. A medicina convencional não consegue curar esses pacientes porque não consegue fazer um diagnóstico preciso. Você não consegue curar um paciente se não identifica a natureza da doença ou do distúrbio do qual ele sofre. (O Fim da Dor, p. 180)

A abordagem de Sarno tem raízes na psicanálise, especialmente nas ideias de Sigmund Freud sobre o inconsciente e a repressão. Após décadas de estudo e aprimoramento, Dr. Sarno atingiu uma taxa de cura permanente entre 90% e 95%, muito superior à que obtinha como médico ortopedista tradicional.