sexta, 29 de novembro de 2024

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Instituto Geração Inclusiva traz a inclusão de pessoas com deficiência

Com mais de 200 voluntários envolvidos

06/02/2023 às 10:33:20 | Por: Juliana Rangel Comunicação

Instituto Geração Inclusiva traz a inclusão de pessoas com deficiência

Viviane Martini, fundadora e presidente do Instituto Geração Inclusiva, no fórum presencial de Sertãozinho (Divulgação)

O projeto ganhou força em dezembro de 2021 e com 9 fóruns em 2022, já reuniu mais de 1.500 pessoas nesses eventos gratuitos de inclusão



Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do ano passado, existem 17,2 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, o que representa aproximadamente 8,4% da população. Pensando nesses índices e partindo dos princípios de igualdade, representatividade, inclusão e acessibilidade, o Geração Inclusiva deu um salto em projetos, desde fóruns a eventos culturais, atingindo mais 1.500 pessoas em 2022.



Foram 9 fóruns em Ribeirão Preto e região no ano passado, além de uma edição com encontro virtual. O movimento que traz a acessibilidade e inclusão como protagonistas, conta com um trabalho de voluntariado e também parcerias sociais e patrocínio de empresas nas ações desenvolvidas.


Agora em 2023, a expectativa é ainda maior. O instituto vai promover ao longo desse ano 12 eventos com palestras, debates e apresentações artísticas. O intuito é fortalecer a inclusão, a interação de pessoas com várias características.
A fundadora e presidente do Instituto Geração Inclusiva, Viviane Martini, explica que “o principal objetivo do Geração Inclusiva é levar informação, conscientização e convivência porque eles são a base da inclusão, junto com a acessibilidade, que é a base para isso. Nas diferenças que a gente cresce.’’


Como surgiu o Geração Inclusiva


Antes de embarcar nesta missão, Viviane estava em um processo de transição de carreira, quando acreditou que a representatividade da mulher seria o novo caminho. Ela pensou em fóruns para falar com mulheres sobre políticas públicas, maternidade, profissão e outros temas


No primeiro fórum em setembro de 2021, Viviane conheceu Sirlene Lima em Ribeirão Preto, uma mulher com a perna amputada devido a um acidente de carro, em que perdeu seu marido.



Durante o debate, elas trocaram opiniões e vivências sobre o alto custo das tecnologias assistivas, que são todas que melhoram a qualidade de vida da pessoa com deficiência. E neste processo entendeu as dificuldades de inclusão. Um exemplo que Sirlene usou foi a questão das próteses gratuitas não tão adequadas e mais dificuldades enfrentadas por pessoas amputadas no país.


Isso não só despertou o interesse de Viviane na acessibilidade, seus grupos, terceiro setor e informação, como também a vontade de se aprofundar cada vez mais, mesmo sendo uma frente natural para ela, que já vivenciava a inclusão de pessoas com deficiência de perto na família. Desse olhar diferente para a inclusão criou-se o Movimento Geração Inclusiva.


Em dezembro do mesmo ano e com o salto do movimento, veio a mudança de nome para Geração Inclusiva. E, retomando os eventos, surgiu o convite de levar o projeto para dentro do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em maio de 2022.


‘’Esse acontecimento marcou o crescimento do Geração Inclusiva. Nós conseguimos fazer um evento maior com mais de 200 pessoas participando e pessoas de cidades vizinhas assistindo para levarmos para outras regiões’’, conta a ativista.


Em Ribeirão Preto, foram 6 edições, sendo 5 presenciais (3 fóruns, 1 festival e 1 confraternização inclusiva em parque aquático, no Magic Gardens, outra parceira do instituto) e 1 fórum online, além de outros 3 eventos na região, passando por Mococa, Sertãozinho e Pontal. Os encontros impactaram em mais de 1.500 pessoas com todas as características durante o ano de 2022, tendo o voluntariado, patrocínio e apoio como pilares do projeto.


"Incluir é um desafio diário e vivemos isso com o Instituto Geração Inclusiva. Trabalhamos com a diversidade humana, pois é convivendo com as diferenças que mais aprendemos. Foram mais de 200 voluntários neste período, pessoas que se entregaram de corpo e alma pela causa, e são extremamente gratos pela oportunidade. Continuaremos firmes em nosso propósito de dar voz a quem não tem, levando informação, conscientização e convivência’’, comenta Viviane.


Olhar cultural para eventos


Com a expansão e reconhecimento do Geração Inclusiva, os fóruns trouxeram uma novidade: a apresentação artística, além dos painéis de debate com profissionais da área com deficiência ou não.



Essa sensibilização do público, trazendo o lado mais humano, também permitiu que pessoas de várias características participassem do evento e apresentações, desenvolvendo de fato a inclusão.


No fórum realizado em Mococa, por exemplo, parcerias fizeram toda a diferença como a FATEC (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo) e todo o Centro Paula Souza que abraçaram a iniciativa, com o apoio do SESI no interior de São Paulo, que combinaram as redes para receber o evento de inclusão.


Pouco mais tarde em Sertãozinho, mais um fórum de sucesso aconteceu com espaço cedido pela Câmara Municipal da cidade e em torno de 200 pessoas marcaram presença, reforçando o olhar cultural para os eventos de inclusão e acessibilidade.



É importante que o material seja publicado com as descrições das fotos para que os deficientes tenham acesso a todas as informações.

Confraternização inclusiva em parque aquático, no Magic Gardens, em dezembro do ano passado

Divulgação

Festival Eu sou porque Somos em sua 8ª edição, no SENAI, em Ribeirão Preto

Divulgação

Apresentação artística nos fóruns do projeto, trazendo pessoas com diferentes características para o palco

Divulgação