São as próprias mães que garantem: o desafio da maternidade não é pra qualquer pessoa. Ela exige não apenas amor, mas também desprendimento, abdicação de tempo, de autocuidado e de conciliação com outras tarefas, como para quem precisa trabalhar. Se o dom de ser mãe tem um preço alto, é importante então assegurar-se de que a integridade da saúde física e mental também tenham sua contrapartida.

É o que adverte Dr. Celso di Lascio, médico da operadora de saúde You Saúde. Segundo ele, a rotina das mamães deve ser associada a atividades que beneficiem o bem-estar, até para evitar problemas mais sérios. “A sociedade costuma dar crédito às mães que literalmente sofrem pelos filhos, como se descansar, ter um tempo para o lazer e para os cuidados pessoais não fossem importantes. Pois isso é tão importante quanto o próprio cuidado com o bebê”, sustenta.

Isso porque, aponta, a manutenção da autoestima e da atenção às suas mudanças físicas impactam diretamente a relação da mãe com o bebê. “A maternidade altera até mesmo a compleição física, e, dependendo de como essa alteração ocorre, pode acontecer de a mulher desenvolver algum tipo de transtorno ou assumir um comportamento que é sentido pela criança. Por isso, o amor é o que une mãe e filho, mas isso não pode significar que ela se coloque como a parte menos relevante da relação”, adverte o médico.

Esses cuidados, afirma Dr. Celso di Lascio, são mais simples do que se imagina. “Investir numa alimentação balanceada, rica em legumes, verduras, frutas e proteínas, e, de preferência, fazer uma atividade física regularmente, com a permissão do médico, é essencial tanto para a mãe quanto para o bebê. Além disso, a mamãe deve priorizar um sono de qualidade. Nos primeiros meses de vida, o bebê pode tornar isso mais difícil. Mas, se for o caso, buscar equilibrar o descanso ao longo do dia também é um ponto que deve ser inegociável”, orienta.

‌Lazer deve ser prioridade

O médico da You Saúde adverte ainda que as mães busquem encontrar um momento para o lazer. Seja assistir a um filme ou uma série, ler um livro ou fazer outra coisa de que goste, e que dê para conciliar com as tarefas típicas da maternidade.

“Se houver condições de sair, de dar uma volta ou um passeio, fazer uma viagem mais curta, é bastante válido. Se não for possível, que seja dentro de casa. O que não pode é a mãe acreditar que seu papel é cuidar da criança 24 horas por dia, sem se permitir um tempo para se realizar. A felicidade precisa fazer parte disso, até porque ela também vai ajudar a nutrir o amor que se estabelece nessa relação”, pontua Dr. Celso di Lascio.