Resiliência é um termo frequentemente mencionado em diversas áreas da vida, desde a saúde mental até o ambiente profissional. De acordo com um estudo realizado pela American Psychological Association, a resiliência não é uma característica inata, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo do tempo. Ela é definida como a capacidade de enfrentar e superar adversidades, adaptando-se bem às mudanças e continuando a progredir, mesmo diante de grandes obstáculos.

A psicóloga Luana Ganzert, especialista em saúde emocional e terapia cognitivo-comportamental, define resiliência como a habilidade de aceitar e superar dificuldades. Para ela, a aceitação é um passo fundamental para a superação. Essa habilidade não se trata de evitar problemas, mas de enfrentá-los e encontrar soluções, adaptando-se às mudanças e continuando a progredir. Luana destaca que a resiliência é construída através das experiências de vida, e não apenas pela ausência de problemas, mas pelo enfrentamento ativo e a busca por soluções.

Ao compartilhar suas experiências pessoais, Luana exemplifica como a resiliência a ajudou a superar desafios significativos. Ela enfrentou questões de saúde, como um acidente vascular cerebral (AVC), problemas financeiros e traumas de infância. Cada dificuldade foi uma oportunidade de crescimento e fortalecimento, reforçando a ideia de que a resiliência é construída através das experiências de vida. Um estudo da Harvard Business Review também aponta que líderes resilientes tendem a ser mais eficazes, pois conseguem lidar melhor com o estresse e tomar decisões mais acertadas em situações de crise.

Desenvolver resiliência envolve várias práticas e hábitos. Luana menciona a importância do autoconhecimento e da conexão com três pilares fundamentais: físico, mental e espiritual. Manter uma rotina que inclua momentos de introspecção, atividade física e espiritualidade ajuda a fortalecer a mente e o corpo para enfrentar adversidades. A Mayo Clinic sugere que atividades como meditação, exercícios regulares e a manutenção de uma rede de apoio social são fundamentais para o desenvolvimento da resiliência.

No ambiente de trabalho, a resiliência é essencial para lidar com a pressão e o estresse. Luana compartilha como, ao lidar com casos emocionantes e complexos em sua prática, ela precisa acionar sua resiliência para oferecer apoio efetivo aos pacientes. Programas de apoio ao empregado (PAE) e políticas de flexibilidade no trabalho são alguns exemplos de medidas eficazes.

A resiliência não apenas beneficia o indivíduo, mas também tem um impacto positivo na sociedade. Pessoas resilientes tendem a ser mais empáticas e compreensivas, capazes de oferecer apoio a outros em tempos de necessidade. Isso pode criar comunidades mais fortes e coesas, onde o apoio mútuo e a colaboração são valores centrais. O impacto da resiliência na saúde também é significativo. Estudos mostram que indivíduos resilientes têm melhores respostas imunológicas e são menos propensos a desenvolver doenças crônicas.

Para aqueles que enfrentam momentos difíceis, Luana aconselha buscar apoio e abrigo emocional em pessoas de confiança. Reconhecer a necessidade de amor e cuidado próprio é fundamental para manter a calma e encontrar soluções. Estar aberto ao aprendizado contínuo e buscar autoconhecimento são passos cruciais para fortalecer a resiliência. 

A psicóloga também exemplifica a essência da resiliência em sua vida e carreira. Sua trajetória, marcada por desafios pessoais e profissionais, reflete a importância de enfrentar e superar adversidades com coragem e determinação. Luana destaca que a resiliência não é uma característica inata, ou seja, que nasce com o indivíduo, mas, sim, uma escolha consciente e contínua de se tornar mais forte e adaptável diante das adversidades. Através de sua prática e experiências, ela demonstra como todos podem desenvolver essa habilidade essencial para navegar pelas complexidades da vida.